sexta-feira, 24 de junho de 2011

Grupo de Espigão do Oeste faz Biofertilizante e compostagem

O grupo de familias do Espigão do Oeste reuniu-se no dia 26 de maio de 2011 para fazer praticas de bioferilizante e compostagem. O Biofertilizante foi feito a partir da receita de uma apostila, veja abaixo os componentes básicos. Lembrando sempre que tudos os ingredientes devem vir de dentro da propriedade, o que garante um custo reduzido e o aproveitamento dos insumos locais.

Biofertilizante 
. 40 kilos de esterco fresco de bovinos
. 100 litros de água
. 10 litros de garapa ou 5 kg de açúcar
. 5 litros de leite ou soro
. 4 kg de cinzas
. ervas de cheiro forte
Modo de fazer:
Colocar todos os ingredientes em recipiente plástico (tambor), e deixar fermentar por um mês. Mexendo uma vez por dia. Para aplicar como adubo diluir em 2/3 de água e regar os pés das plantas. Para pulverizar nas folhas usar uma concentração de 3 a 5%. Deixar sempre um pedaço de testemunha para observar o resultado.
A compostagem foi feita da mesma forma, isto é, usou-se palha de café, folhas de mangueiras, esterco bovino, capim seco, podendo ainda ser incrementado com folhas e troncos da bananeira, cinza, casca de ovo e outros produtos da propriedade. Sendo assim composta: inicia-se com uma camada de palha, de 20 centimetros, logo após coloca-se uma camada de 5 centimetros de esterco, mais uma camada de palha e outra de esterco. Porém o que não podemos esquecer é de molhar, isto é, toda camada feita deve ser molhada. Faz-se a pilha de compostagem, mantendo sempre uma umidade que favoreça a decomposição.
Para não perder todo trabalho e manter uma temporatura adequada na pilha de composto, é preciso verificar a temperatura. Como podemos fazer isso? a maneira mais simples é colocando um vergalhão de ferro no meio da pilha de composto, deixando por uns 5 minutos, após este tempo retira-se o vergalhão e coloca a mão na parte que estava dentro do composto. Se conseguires segurar está numa temperatura boa, se não conseguires segurar, revire imediatamente o composto.
Para agilizar a decomposição podemos revirar o composto a cada 10 ou 15 dias. Ainda pode-se incluir o bocachi ou o EM, porém são praticas que veremos mais adiante.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Plantio de girassol na família Barros de Alto Alegre dos Parecis - RO
Cafezal na família Eggert em Alta Floresta do Oeste - RO

Sínodo da Amazônia inicia Projeto de Agroecologia

O município de Cacoal é sede do Projeto de Agroecologia do Sínodo da Amazônia – PROASA, está localizado na Avenida Paraná, junto ao escritório Regional do Sínodo da Amazônia, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). A abrangência do PROASA inclui os municípios de Cacoal, Espigão do Oeste, Rolim de Moura, Pimenta Bueno, Ministro Andreazza, Alta Floresta do Oeste e arredores.
Muitas vezes entendemos que o compromisso de uma igreja é pregar o evangelho dentro de seus muros do templo, nosso objetivo é pregar, mas também viver e praticar o evangelho fora dos muros implementando com a sociedade e parceiros este projeto. Como cristãos de Confissão Luterana, temos o compromisso de zelar a criação de Deus, por isso iniciamos neste ano de 2011 este trabalho que vem reforçar o tema estudado e celebrado pela Igreja, isto é, Paz na Criação de Deus, Esperança e Compromisso. Paz na Criação refere-se à ausência de violência o que se torna cada vez mais difícil num mundo guiado pela ganância e egoísmo. Esperança é acreditar num mundo melhor e por isso o PROASA surgiu, para colocar em prática este compromisso pela vida em abundancia a toda Criação.
O PROASA resultou do sonho e planejamento de muitas pessoas e seu objetivo principal é motivar a permanência das famílias na área rural por meio da agricultura ecológica, sustentável, sem uso de agroquímicos e adaptada à região Amazônica.
Porque é projeto de Agroecologia? Porque agroecologia é ampla, engloba toda propriedade incluindo os indivíduos que nela trabalham e vivem. Trabalha o restabelecimento do solo, do ambiente social, econômico, cultural e ecológico.
Para atingir seus objetivos, o PROASA, pretende consolidar, divulgar e ampliar a produção agroecológica, a partir das famílias mais experientes, que atuarão como agentes multiplicadoras dessas práticas, contando também com o apoio de entidades parceiras. Este trabalho terá a duração de três anos e será feito através de visitas com orientações técnicas, capacitações em práticas de manejo agroecológico; Sensibilização e formação junto às comunidades locais, associações, escolas, sindicatos, e demais parceiros.
Nosso compromisso é com o todo, pois “o meio ambiente não é o espaço em que vivemos, mas o espaço do qual vivemos” (Ana Primavesi), vivemos e fazemos uso de tudo que está a nossa disposição de modo tão supérfluo que as conseqüências do nosso agir já são visíveis e palpáveis. Vemos secas terríveis que acabam com plantações e os sonhos de qualquer camponês, chuvas torrenciais que arrastam matas, casas, estradas, tudo que está pela frente. Presenciamos tudo isso e nos comportamos como se fossemos os únicos seres que vivem no planeta terra.
Reaprender, readaptar, questionar são algumas das praticas que precisamos recuperar e reintegrar as nossas ações do dia-a-dia. Reaprender a viver do meio ambiente, pois dele depende nossa vida e a de todos os seres vivos. Readaptar-nos produzindo menos lixo e consumindo produtos mais saudáveis menos industrializados. Questionar, este é um exercício que vai exigir muito esforço de nós seres humanos, pois estamos acostumados a aceitar tudo sem questionar. Urge a necessidade de sermos protagonistas da história e não apenas meros espectadores. Somos responsáveis, eu e você por tudo que ocorrer ao planeta a partir daquilo que fazemos em nossas casas. Vamos construir um mundo melhor para nós e nossos descendentes produzindo e consumindo produtos livres de contaminantes, junte-se ao PROASA e faremos a diferença.